Vereadores aprovam Moção de Repúdio por apologia à pedofilia

por Acom CMJM publicado 06/10/2017 08h30, última modificação 31/10/2017 13h15

Os vereadores da Câmara de João Monlevade aprovaram, por unanimidade, durante reunião ordinária de ontem, 4, uma Moção de Repúdio contra a Mostra - 35º Panorama da Arte Brasileira - 2017, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e o coreógrafo Wagner Schwartz. Conforme redação da moção, os vereadores interpretam que, a pretexto de se dizer artística, implicou verdadeira apologia à pedofilia.

Os vereadores que propuseram a moção foram Pastor Carlinhos (PMDB), Belmar Diniz (PT), Thiago Titó (PDT), Fábio da Prohetel (PP) e Vanderlei Miranda (PR). Contudo, o documento foi assinado por todos os edis. Conforme amplamente divulgado na imprensa e redes sociais, o coreógrafo Wagner Schwartz fez a adaptação da obra “Bicho”, de Lygia Clarck. Em sua apresentação, o coreógrafo se posiciona sobre um tatame, manipula uma réplica de plástico de uma das esculturas da série e se coloca nu, vulnerável e entregue à performance dita artística, convidando o público a fazer o mesmo com ele. Na descrição consta: “pode ser manipulado pelo público”.

Conforme redação da moção “durante a performance, com Wagner Schwartz deitado sem roupa, uma mulher e uma criança (menina), aparentemente mãe e filha, estimuladas a tanto, circulam e tocam o corpo do homem. As cenas repugnantes, que de arte nada têm, incitam claramente a erotização infantil configurando ato criminoso”. Os vereadores ainda citaram o código penal considera crime a relação sexual ou ato libidinoso praticado por adulto com criança ou adolescente menor de 14 anos. Conforme o artigo 241-B do ECA é considerado crime, inclusive, o ato de “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”.

Os vereadores Fábio da Prohetel e Pastor Carlinhos agradeceram pela aprovação da Moção de Repúdio. Segundo Fábio, é importante que os pais estejam atentos à educação dos filhos. “Não podemos nos calar. Criança pensa como criança. Omissão é crime. Por isto nos posicionamos e não nos calamos”, declarou. Pastor Carlinhos também agradeceu. “A indignação é grande. Não se pode perder a referência de família e respeito”, afirmou. 

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