Itinerário e acessibilidade são pontos abordados em reunião sobre o transporte público na Câmara de João Monlevade
Um assunto que sempre gera reclamações e polêmicas junto à população é o transporte público em João Monlevade. Assim, os vereadores se reuniram no final da última semana com representantes da Enscon Viação, empresa que presta o serviço no município, e com membros do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário. O encontro foi uma iniciativa do vereador e vice-presidente da Câmara, Revetrie Teixeira (MDB) e teve a presença do presidente, Gustavo Maciel (Podemos), do 2º Secretário, Pastor Lieberth (DEM) e do vereador Rael Alves (PSDB).
O primeiro ponto abordado foram as questões trabalhistas referentes aos funcionários da empresa e o pagamento do salário e férias deles. Na presença dos representantes do sindicato, Eduardo explicou que devido à pandemia do novo coronavírus, houve impacto financeiro na empresa, em especial devido à redução do itinerário e à suspensão do Vamos à Escola e Transporte Universitário. “Tivemos atrasos pontuais para pagamento de funcionários, mas amparados por medida provisória. O sindicato tem conhecimento desses atrasos e parcelamento de férias”, informou Eduardo. A situação foi confirmada pelos representantes do sindicato.
Outras demandas foram discutidas. Revetrie Teixeira novamente reforçou a necessidade de um auxiliar de bordo nos ônibus. Além disso, o vereador, que está cadeirante, também destacou a necessidade em se garantir a plena acessibilidade de todos os usuários ao transporte coletivo, pedindo o funcionamento das plataformas para cadeirantes. Eduardo Lara explicou que funcionários da empresa receberam treinamentos sobre o assunto naquela semana e que a necessidade de manutenção das plataformas será acompanhada de forma mais eficaz.
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Outro ponto, desta vez abordado por Eduardo Lara, é sobre as intervenções comumente feitas pelo Departamento de Águas e Esgoto (DAE) ou até mesmo pelo Setor de Trânsito e Transporte (Settran), em trechos de ruas e avenidas de João Monlevade. Eduardo pediu que sempre que houver interdição nas vias, que se comunique a Enscon, já que muitas vezes é necessário o desvio da rota, o que causa atrasos nas viagens. “Outra questão que muito impacta a qualidade do serviço é a quantidade de quebra-molas em João Monlevade e a falta de padronização deles. Impacta no conforto e segurança dos usuários e funcionários e também, na frota de veículos. É preciso uma intervenção nesse sentido”, pediu o empresário. Revetrie Teixeira sinalizará as questões junto ao Settran, mas cobrou outras melhorias ao empresário, como higienização dos veículos e a reavaliação da necessidade das roletas de grande porte, que vão até o teto dos coletivos.
Ainda durante a reunião, Revetrie pediu ao proprietário da Enscon para que assim que reestabelecido o Rota Escolas, seja dado preferência às monitoras que estavam empregadas anteriormente. Sobre esse assunto, Eduardo foi categórico: “Há um acordo por escrito sobre isso. Só não voltará quem não quiser”, declarou ele. Por fim, foi esclarecido também que o contrato de cessão da prestação de serviço de transporte coletivo do município junto à Enscon tem prazo até junho de 2022. “Normalmente, quando há anos em que não há, por exemplo, o reajuste da tarifa dentre outros impactos financeiros, ou a Prefeitura prorroga o prazo do contrato ou então, indeniza a empresa ao término dele”, explicou Eduardo. Novamente, Revetrie afirmou que buscará junto ao Jurídico da Prefeitura qual o posicionamento sobre o assunto.