Apresentação de relatório por parte da Prefeitura repercute em reunião da Câmara de Vereadores
A Prefeitura de João Monlevade apresentou aos vereadores na manhã de quarta (10), uma espécie de balanço administrativo, em que mostrou a situação herdada pela atual Administração em diferentes áreas. E esta apresentação foi repercutida pelos vereadores durante a reunião ordinárias. Os edis ainda levantaram outras demandas do município.
Pastor Lieberth (DEM) foi um dos que repercutiu. Ele classificou o relatório apresentado como “uma vergonha”. Segundo ele, foram apresentadas estruturas públicas sucateadas, o que dificulta o trabalho da Prefeitura. Já Doró da Saúde (PSD) pediu que a Administração informe também a cada avanço feito. Ele pediu ainda um estudo para aumento das diárias recebidas pelos motoristas da Prefeitura que levam pacientes do município para consultas em Belo Horizonte.
Ainda sobre a apresentação feita pelo Executivo, Rael Alves (PSDB) declarou que entende a situação da Prefeitura, mas que a população não pode esperar tanto por intervenções menores. O vereador ainda parabenizou a Prefeitura pela ampliação do horário de atendimento do ônibus da saúde. A fala de Rael foi reforçada por Fernando Linhares (DEM). “O momento agora é de olhar para frente. Há obras menores e muito necessárias e a população não pode esperar. Cito como exemplo a do bairro Santa Cruz. Desde a enchente que ocorreu há mais de um ano, os moradores aguardam as melhorias não realizadas na ponte do bairro. É preciso priorizar estas demandas”, disse ele.
Já o vereador Tonhão (Cidadania) focou nas demandas levantadas por ele de melhorias na infraestrutura urbana. “Não são grandes obras, são reparos simples como tapa-buraco. Não é difícil de fazer”, refletiu ele. O líder do Governo na Câmara, Belmar Diniz (PT) destacou que o Executivo vem fazendo uma reestruturação administrativa. Ele citou como exemplo a redução de cargos comissionados, cortes de gratificação, dentre outras ações para o aumento de receitas e retomada de obras, como a do bairro Sion. Ele ainda enfatizou que o Governo Laércio Ribeiro “não foge da responsabilidade”.
Denúncias
Revetrie Teixeira (MDB) usou a palavra para cobrar melhorias no transporte público, serviço prestado pela empresa Enscon Viação. Ele, que se reuniu com o Sindicato dos Rodoviários e com um funcionário da Enscon esta semana, citou denúncias de parcelamento do pagamento do 13º salário dos funcionários em quatro vezes. “A empresa é privada, mas presta serviço à população. Além disso, é preciso atentarmos para a segurança do cidadão e exigir como condicionante para a próxima licitação a presença de um auxiliar de bordo nos veículos. É preciso que a empresa que presta esse serviço garanta a plena acessibilidade de todos ao transporte”, pediu Revetrie.
Outra denúncia feita pelos vereadores é com relação à qualidade da iluminação pública. O vereador Bruno Cabeção (Avante) disse que abriu dois protocolos de atendimento para reparo em postes em janeiro e que até ontem (10) os protocolos não haviam sido atendidos. “Como queremos uma cidade melhor se não se consegue manter serviços básicos?”, questionou ele. A fala de Bruno Cabeção teve o apoio dos demais vereadores, que se prontificaram a buscar solução.
Vacina
A vacinação contra o coronavírus em Monlevade também foi pauta de discussão. Andréa da Saúde (PTB), abordou a questão da vacinação no município, referente à pandemia do novo coronavírus. Segundo Andréa, em conversa com os responsáveis pela Vigilância em Saúde, foi informada de que as doses recebidas estão armazenadas e contam com vigilância 24 horas, além de apoio da Polícia Militar. Leles Pontes (Republicanos) destacou que estudantes de curso técnico de Enfermagem têm dificuldade para conseguir estágio devido à pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, esta mão de obra é necessária devido às demandas da área de saúde. Ele busca então a inclusão destes alunos no grupo prioritário de imunização.
Ainda sobre a vacinação, Marquinho Dornelas (PDT) cobrou da Prefeitura mais transparência na divulgação dos dados. Ele justificou que pelos vereadores estarem mais próximos aos cidadãos, são questionados diretamente e precisam da informação. Outro ponto abordado pelo vereador diz respeito à quantidade de projetos, requerimentos e indicações já feitas no Legislativo. “Tem muitos projetos bacanas engavetados e que não são executados. Vamos fazer um levantamento disso”, disse ele.